domingo, 30 de agosto de 2009

Simples assim...


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Tive uma idéia!

Eu nunca quis ter um blog. Sempre achei uma ferramenta interessante, mas não tinha idéia do que eu poderia fazer com ela. Esse ano, muitas coisas aconteceram na minha vida e me fizeram mudar de idéia.

Algumas transformações profundas me fizeram estar atenta para pequenas coisas. Percebi que deixamos passar e não aproveitamos belos momentos que nos são proporcionados. Vi que, muitas vezes, não estamos abertos para vivenciar pequenas alegrias, gentilezas ou demonstrações de afeto. Não fazemos isso por maldade, e provavelmente nem é de forma consciente. Mas quando despertamos e passamos a prestar mais atenção no presente, em cada momento, é que vemos o quanto deixamos de ser felizes por estarmos desatentos, por focarmos em problemas particulares ou coletivos, por estarmos sempre perdidos no futuro ou no passado.

Às vezes também escolhemos não fazer pequenas gentilezas, como deixar um bilhetinho para um colega, oferecer um bombom ou dizer que ele é especial porque pensamos que é pequeno demais ou podemos ser mal intepretados. Esperamos datas especiais para demonstrar o grande sentimento que temos pelas pessoas, para ser mais gentis do que de costume, mas esquecemos que a vida é cada momento e que devemos aproveitá-los da maneira mais especial porque não sabemos até quando os teremos.

A idéia de fazer o blog surgiu de dois acontecimentos específicos. Primeiro a minha segunda mãe, que é como chamo minha orientadora espiritual, me perguntou se eu achava que tinha vindo à Terra simplesmente para ser jornalista, trabalhar e correr atrás de bens materiais. Aquilo me causou um grande impacto. Era como se todas as minhas certezas descessem pelo ralo. Depois de muita reflexão, cheguei à conclusão de que eu queria encontrar uma forma de usar melhor as palavras. Que eu devia aproveitar a escrita para disseminar algo melhor que as notícias que eu escrevo habitualmente. Mas ainda não tinha me ocorrido a idéia do que seria.

Depois, em junho deste ano, viajei de férias, sozinha, para uma linda praia. Queria passar uns dias comigo mesma porque estou em uma fase de busca do auto-conhecimento. Estava com muita vontade de prestar atenção na forma como eu vejo e me posiciono no mundo. Conheci muitas pessoas nesta viagem, principalmente as que trabalham na pousada onde fiquei hospedada e me encantei com todas elas e suas particularidades. Passei pouco tempo sozinha no final das contas, e foi fantástico perceber as pequenas e grandes gentilezas de cada um que se esforçou para que eu não me sentisse sozinha, embora isso não fosse um problema para mim.

Mas uma pessoa em particular me fez entender o que eu queria fazer com as palavras, o que eu queria contar ao mundo. A Cris é uma camareira da Pousada Capitão Thomaz, em Jericoacoara, Ceará. Ela limpava meu quarto todos os dias com o melhor humor e cheia de carinho. Sempre que eu chegava no quarto tinha flores na cama, no vaso e etc... Ela não sabia, mas eu amo flores! A gente sempre conversava entre uma limpeza e outra e eu adorava os momentos que a gente passava juntas, mesmo que pequenos.

Um dia antes da minha partida, eu cheguei no quarto e encontrei um bilhete na minha cama cheio de belas palavras, escritas com o coração, que traduziam o quanto nossa breve experiência tinha sido importante. Junto dele, havia também uma tiara de cabelo branca feita pela Cris. Nem sei explicar o que eu senti na hora, tamanha a surpresa. Fiquei muito feliz! Chorei... e depois de pensar bem, entendi que era isso que eu queria contar para o mundo. O quanto pequenos gestos, como o da Cris, podem ser de enorme importância para quem os recebe. Ela, que é uma pessoa simples, acorda cedo para trabalhar, tem dois filhos pequenos (no dia o bebê estava doente), chegou em casa à noite e encontrou tempo para pegar a agulha e a linha e tecer uma tiara para presentear uma hóspede que ela conhecia há apenas uma semana...

Assim nasceu esse blog, da vontade de usar as palavras e as cores para compartilhar uma forma de ver o mundo com as lentes do amor. Eu estou aprendendo e quero dividir com todos a beleza de ser um eterno aprendiz, pois saber praticar, perceber e apreciar esses pequenos grandes gestos pode tornar o mundo melhor e a vida muito mais agradável!

Aquarela


Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo...
Um minuto e ele escorre pelo papel

Talvez amanhã eu desenhe um outro
Os lápis mudam de cor

Guardei esse amarelo
Nenhum outro será igual

(Pôr-do-sol em Jericoacoara (CE) – junho 2009)

Boa notícia...


“Todo mundo tem dentro de si
fragmentos de boas notícias,
a boa notícia é que você não sabe
quão extraordinário pode ser,
o que pode executar,
qual é o seu potencial,
O QUANTO VOCÊ PODE AMAR!”

Anne Frank